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Câmara paga passagens para artistas gospel – Mas o Deputado Devolveu .

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Rodovalho cedeu bilhetes para banda de rock e rapper participarem de show apoiado por sua igreja em Brasília. Cota também serviu a bispos e pastores da comunidade evangélica

Ele usou sim e reconheceu e devolveu

Diógines Santos/Ag. Câmara, Ester Tambasco/Divulgação e DivulgaçãoRodovalho diz que evento com Oficina G3 e Dj Alpiste fez parte da programação da Frente Parlamentar da Família
 

A cota de passagens aéreas do deputado licenciado Robson Rodovalho (DEM-DF) foi usada para trazer a Brasília duas das principais atrações de um show evangélico apoiado por sua igreja, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra. A Câmara pagou passagem para oito integrantes da banda de banda de rock cristão Oficina G3 e o rapper DJ Alpiste.

Eles voaram de São Paulo até a capital federal para participar da segunda edição do “Desperta, Brasília”, promovido no dia 31 de agosto de 2007, no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Para assistir ao evento, cada pessoa pagou R$10 ou entregou um quilo de alimento, que foi distribuído a famílias carentes, segundo o organizador do show, Gleison Willy, membro da igreja de Rodovalho.

Deputado diz que tudo foi legal, mas que devolverá dinheiro

No evento, o Oficina G3 lançou seu cd “Eletrakustica”. O deslocamento do grupo de São Paulo para Brasília foi feito com a cota de Rodovalho. O voo JJ 3722 saiu de Congonhas às 9h07 de sexta-feira. Às 9h10 de sábado, 1º de setembro, a banda de rock voltou para São Paulo, no voo JJ 3701.

Estavam no avião o guitarrista e fundador do Oficina G3, Juninho Afram, o baixista Duca Tambasco, o tecladista Jean Carllos, o baterista Celso Machado, empresário Ivan Miranda, o técnico de som Ivo Sakihara, o assistente Ednaldo Santos e o iluminador José Fernandez.

O rapper evangélico DJ Alpiste também voou de São Paulo à capital federal para participar do “Desperta, Brasília” em 2007. O voo da TAM JJ 3464, saiu na sexta-feira, às 8h30 da capital paulista. DJ Alpiste voltou a São Paulo no dia seguinte, sábado, no voo JJ 3719, que partiu às 5h50 de Brasília.

Oficina G3 toca em show um dia depois de evento em Brasília: grupo desconhecia origem pública das passagens (Ester Tambasco/Divulgação)
O rapper e o empresário da banda de rock, Ivan Miranda, disseram desconhecer que a passagem tinha origem em verba da Câmara dos Deputados. “Não tinha conhecimento de serem bilhetes de cota parlamentar, pois eu trato o evento diretamente com o produtor da cidade e ele providencia o envio das passagens aéreas, vaucher de hotel, etc”, disse o empresário, em nota.

Alpiste disse que seus contratos só preveem cachê, transporte, alimentação e estadia. “A pessoa tem que me mandar o PTA, o código da passagem paga e só”, explica o cantor de rap, que atualmente cobra R$ 5 mil de cachê para tocar em eventos. O rapper se lembra de ter conversado com Rodovalho nos bastidores do show, mas ressalta que o parlamentar não subiu ao palco.

Cantores e pastores

Além do Oficina G3 e do DJ Alpiste, diversos outros músicos e pastores voaram com a cota aérea de Rodovalho. Alda Célia Cavagnaro, cantora e compositora de diversas canções nacionalmente conhecidas por evangélicos, viajou do Rio de Janeiro para Brasília. O voo JJ 3822 da TAM partiu às 10h22 de 17 de julho de 2007.

Pastora da Sara Nossa Terra no Rio, Alda Célia é um dos expoentes da música cristã brasileira. O álbum “Voar como a águia”, de 2002, rendeu a ela um disco de ouro, depois de vender mais de 100 mil cópias.

A assessoria da cantora afirma desconhecer o motivo do voo, porque ela faz muitas viagens pelo Brasil. Ainda de acordo com a assessoria da cantora, ela ignorava a origem da passagem.

A cantora Heloísa Rosa participou de um culto dirigido pelo bispo e deputado Rodovalho, no dia 9 de setembro de 2007, em Brasília. Com um bilhete aéreo emitido em 3 de setembro de 2007, a cantora e o marido, Marcos Groubert, viajaram de São Paulo para Brasília, com a cota de Rodovalho. A assessoria da cantora diz que ela desconhecia a origem da passagem.

O Congresso em Foco identificou ainda outras três cantoras e cinco religiosos na lista de passageiros do deputado. Todos os que foram localizados informaram desconhecer que suas viagens foram pagas pela Câmara.

Deputado devolve R$ 41.196,40 à Câmara

ReproduçãoO deputado Róbson Rodovalho (DEM-DF) devolveu ontem (14) à Câmara R$ 41.196,40, referentes a passagens emitidas da cota parlamentar a que tem direito mensalmente. Como mostrou o Congresso em Foco hoje, ele usou o benefício para transportar artistas gospel e pastores em eventos. Segundo Rodovalho, os shows e seminários faziam parte da Frente Parlamentar da Família, portanto, o uso da verba teria sido legal.

Mesmo assim, o deputado e bispo fundador da igreja Sara Nossa Terra decidiu devolver os valores. Segundo ele, um parlamentar de Brasília não tem motivos para usar a cota de passagens aéreas.

Em nova nota enviada a este site na manhã de hoje (15), Rodovalho informa a devolução do dinheiro, apresenta os comprovantes (clique aqui para ver) e reafirma que fez uso legal da verba aérea de que dispunha.

Leia a íntegra da nova nota do deputado

Aos jornalistas e cidadãos brasilienses,

Em relação ao uso de passagens aéreas dentro da cota de cada parlamentar eleito para atuar na Câmara dos Deputados, o deputado federal licenciado Robson Rodovalho (DEM), atual secretário de Trabalho do Distrito Federal, faz questão de ressaltar que como já anunciado, fez a devolução de R$ 41.196,40 à Câmara dos Deputados no dia 14 de maio de 2009, conforme documento que segue anexo.

Aproveita a oportunidade para informar ainda que o valor devolvido aos cofres públicos é referente a levantamento feito pela própria equipe do parlamentar, uma vez que o valor exato gasto pelo deputado com as passagens aéreas já foi solicitado à Casa, mas até o presente momento, contudo, a Câmara dos Deputados não entregou o levantamento ao parlamentar. Informa que tão logo receba a informação dos referidos valores, caso exista alguma diferença, ela será devolvida à Casa imediatamente.

Reafirma seu compromisso com o cidadão do Distrito Federal e relembra que, conforme já anunciado anteriormente, é contrário ao recebimento de cotas de passagens aéreas por deputados eleitos pelo DF.

Reforça ainda que o uso de dinheiro pertencente à cota de passagens aéreas não era, quando foi utilizado pelo parlamentar (2007), motivo de questionamento visto que todos os deputados federais da Casa receberam instruções de que a cota existia e poderia ser usada da forma mais conveniente para o trabalho parlamentar.

Os critérios para o uso de tais passagens foram praticados de acordo com as regras estabelecidas pela Mesa Diretora da Casa e apenas quando exercia o mandato. Todos os recursos utilizados tiveram importância para os trabalhos realizados pelo deputado nas frentes da Família, Evangélica, e comissões do Meio Ambiente, de Seguridade Social e Família, de Constituição e Justiça, e de Minas e Energia – onde atua nas coordenações desses trabalhos.

Certo de estar agindo da melhor forma dentro dos preceitos que regem sua vida pública – sociais, éticos e religiosos -, agradece a atenção e se coloca à disposição para maiores esclarecimentos.

Dep.Federal Licenciado Robson Rodovalho (DEM)

fonte :congressoemfoco

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