
Nos anos seguintes à chegada da TV ao Brasil (1950), ocorria um problema na exibição televisionada de filmes e séries estrangeiras. Tudo era transmitido com som original e legendas de baixa qualidade. Os televisores eram em preto e branco e tinham a tela muito pequena, o que prejudicava a compreensão dos espectadores, tornando as legendas quase ilegíveis. Visando sanar esta questão e conquistar um novo mercado, Richers aproveitou seu livre trânsito em Hollywood, e buscou os conselhos de um amigo, nada menos que Walt Disney. Disney o introduziu à prática da dublagem, já muito difundida em solo americano (até por conta da imensa produção de animação no país).
O produtor então resolveu investir nesse novo filão, criando uma divisão de dublagem para filmes, séries, desenhos animados e etc. Com o passar do tempo, a empresa que leva seu nome foi conquistando uma fatia cada vez maior do mercado e hoje a Herbert Richers é uma das maiores e mais tradicionais empresas do ramo de dublagem, produzindo em média 150 horas de conteúdo por mês. Tudo isso se alia a algo raríssimo no mercado, ter uma marca conhecida como sinônimo do seu produto: assim como quem identifica “Bombril” como sinônimo para “palha de aço”, os termos “Herbert Richers” e “dublagem” também se confundem no imaginário de muita gente.
